Os executivos brasileiros estão mais otimistas para fazer novas contratações de funcionários neste ano. O índice de confiança deles saltou de 22% em 2016 para 29% neste ano, segundo o estudo de Perspectivas de Carreiras e Profissões LATAM 2017, desenvolvido pelo PageGroup.
Os resultados estão ligados à melhora do cenário econômico na região, o que indica que as empresas estão mais confiantes com as perspectivas econômicas no Brasil e na América Latina.
No Brasil, as áreas com maiores possibilidades de contratação são Vendas, Operações, Logística, Tecnologia da Informação e Finanças.
Na América Latina a procura, em ordem de maior importância, é por Operações, Vendas, Tecnologia da Informação, Marketing e Logística.
O Peru é o país onde mais da metade dos respondentes (51%) afirmam que pretendem contratar mais funcionários em 2017. O percentual aumentou 10 pontos em relação à pesquisa anterior (41%).
A busca por mais empregados também será mais intensa na Argentina (46% X 37%), Colômbia (45% X 42%) e Chile (30% X 26%). A exceção ficou por conta do México, onde diminuiu o interesse por novas contratações – caiu de 54% em 2016 para 47% neste ano.
Qualificação
Outra parte do levantamento procurou entender quais são as prioridades dos trabalhadores em seu plano de carreira. Executivos de Brasil e Colômbia aparecem na liderança para investir em qualificação técnica, com 13%.
Logo na sequência aparecem Peru (12%), México (9%), Argentina (6%) e Chile (5%).
Quando o assunto é trocar de emprego, quem aparece na dianteira são os argentinos, com 47% de intenções de buscar novas oportunidades no mercado e no mesmo setor (23%) e buscar oportunidades em um setor diferente (24%).
Em seguida aparecem os mexicanos, com 39% de intenção de mudança, e os colombianos, com 31%. Os brasileiros aparecem na quarta posição, com 31%, seguidos por chilenos (29%) e peruanos (26%).
A promoção na carreira é o item que desperta menos interesse para peruanos (5%) e brasileiros (6%). O interesse é maior por parte dos executivos consultados na Colômbia (7%), Chile e Argentina (8%) e México (11%).
Postos de emprego
A crise também é sentida no mercado de trabalho. Para 72% dos entrevistados pelo PageGroup, não haverá redução de postos de trabalho. Na América Latina, esse índice de contratação está mais favorável. Pouco mais de um terço (37%) das companhias pretendem contratar neste ano.
E 80% informaram que não vão reduzir o quadro de funcionários.
Na América Latina, esse índice de contratação está mais favorável. Pouco mais de um terço (37%) das companhias pretendem contratar neste ano.
E 80% informaram que não vão reduzir o quadro de funcionários. Para 83% dos respondentes, não haverá redução de equipe no primeiro semestre deste ano.
No Brasil, o levantamento apontou que as áreas de Operações e Contabilidade/ Finanças estão mais vulneráveis a reduções de quadro que a média verificada nos demais países da América Latina.
Em Operações esse percentual chega a 75% e no setor de Contabilidade e Finanças, 43%.
Confiança em alta
A confiança dos executivos latino-americanos em uma recolocação se mantém em alta.
Do total consultado, 12% estão desempregados e, deste universo, 72% estão confiantes ou muito confiantes para conseguir uma oportunidade de trabalho nos próximos seis meses. No Brasil os resultados capturados foram semelhantes a este.
Dentre os grandes desafios para os gestores está o de desenvolver estratégia para melhorar os resultados (25%), seguido de ganhar mercado em um ambiente altamente competitivo (15%).
Além disso, enfrentar problemas econômicos/ manter a produtividade (11%) também surge como um obstáculo a ser superado, assim como reter e desenvolver talentos na empresa (9%) e manter os colaboradores motivados (9%).
Dos profissionais consultados na pesquisa, 51% são de empresas multinacionais e 49% de companhias locais e ocupam postos de observação privilegiados.
Desse total, 22% atuam em companhias com faturamento superior a US$ 1 bilhão, 15% em empresas com faturamento até US$ 1 bilhão, 24% em empresas com faturamento de até US$ 500 milhões e, por fim, 39% estão alocados em empresas com faturamento de até US$ 100 milhões.
Hierarquicamente estão divididos em CEO ou diretor geral (6%), vice presidentes (7%), diretores (17%), gerentes executivos (18%), gerentes (28%) e outros cargos (24%). Participaram do levantamento, realizado em dezembro do ano passado, 6.437 executivos que ocupam cargos de média e alta gestão no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.
POR: Leandro Bezerra
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