Deus é o Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Nada do que existe tem a sua origem em si mesma ou continua a existir pela própria suficiência. Tudo e todos que existem derivam toda a sua existência de Deus, sendo completamente subordinados a Ele. Deus, por sua vez, não deriva a sua existência de nada nem ninguém acima ou anterior a ele e por isso é completamente auto-suficiente em seu ser. Por isso Deus revela o seu nome como sendo, “EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3.14). Deus e somente Deus verdadeiramente É, pois é eterno e imutável, não tendo princípio nem fim, mas é ele próprio o Princípio e o Fim de tudo o que existe.
Sendo assim, aquilo que as coisas são, a realidade como ela é, incluindo o conceito de justiça, é estabelecido por Deus, necessariamente existe de forma anterior ao homem, sendo o homem submetido a ela e por isso completamente impotente para determinar a forma que ela deve ser, mas somente responsável por se submeter passivamente. Por isso Paulo perguntou: “Ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?” (Romanos 9.20) O homem que a Deus replica pressupõe que existe acima de Deus uma razão, uma lógica, uma lei para a qual Deus deve satisfações, diante da qual Deus é responsável. O homem que a Deus replica é o homem que deseja destroná-lo para poder entronizar o seu próprio julgamento, a sua própria opinião. Portanto, é justo porque é assim que Deus diz que é justo. E não há qualquer razão, uma lógica, uma lei humana racionalmente estabelecer como injusto aquilo que Deus diz que é justo.
Doctrine According to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association
Frank Brito
Tradução: Felipe Sabino
Blog do Lucas
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