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Blog do Lucas!
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"Mas fostes santificados, mas fostes justificados" (ICo 6.11). Os papistas caluniam os protestantes dizendo afirmarem que homens que continuam no pecado são homens justificados. No entanto, todos os escritores protestantes afirmam que a justiça imputada para justificação e a justiça inerente para a santificação devem estar inseparavelmente unidas. A santidade, de fato, não é a causa de nossa santificação, mas é acessória.
Como o calor do Sol não é a causa de sua luz, mas é um acessório. É absurdo imaginar que Deus justificaria uma pessoa e que ela ainda permaneceria no pecado, se Deus justificasse uma pessoa e não a santificasse, justificaria um povo que não poderia ser glorificado. Um Deus santo não pode receber um pecador em sua comunhão. O metal é primeiramente refinado e, depois, o selo do rei é colocado sobre ele. A alma é primeiramente refinada com a santidade e, depois, Deus coloca seu selo real de sua justificação sobre ela.
A justificação é permanentemente fixa, nunca pode ser perdida
Os arminianos defendem uma apostasia da justificação. Hoje são justificados, amanhã não são. Hoje você é um Pedro, amanhã um Judas. Hoje é um membro de Cristo, amanhã um pedaço de Satanás. Essa é uma doutrina muito desconfortável. Pessoas justificadas podem cair de degraus da graça, podem abandonar o primeiro amor, perdem o favor de Deus por um tempo, mas não perdem sua justificação. Se eles são justificados, são eleitos e nunca mais cairão de sua justificação, assim como de sua eleição. Se eles são justificados, têm união com Cristo. Pode um membro de Cristo ficar separado? Se uma pessoa justificada puder cair de Cristo, todos podem; e então Cristo seria uma cabeça sem um corpo.
Primeira aplicação: veja, portanto, que não há nada em nós que possa nos justificar, mas somente algo externo a nós. Não há qualquer retidão inerente, mas completamente imputada. Podemos procurar por uma estrela na terra, assim como podemos procurar por justificação em nossa própria retidão. Os papistas dizem que somos justificados pelas obras, mas o apóstolo contradiz isso, dizendo: "Não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.9). Os papistas dizem: "As obras feitas por um homem não regenerado de fato não podem justificá-lo, mas obras feitas por um homem regenerado podem justificá-lo". Isso é falso e pode ser provado tanto por um exemplo quanto pela razão.
1. Pelo exemplo: Abraão era um homem regenerado, mas não era justificado pelas obras, mas pela fé. Abraão "creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça" (Rm 4.3).
2. Pela razão: como as obras podem nos justificar, visto que nos contaminam? "Todas as nossas justiças, como trapo da imundícia" (Is 64.6). Boas obras não são como um guia que precede a justificação, mas um servo que a segue.
Mas o apóstolo Tiago não diz que Abraão foi justificado pelas obras?
A resposta é fácil. As obras declaram que somos retos diante dos homens, mas não fazem o mesmo diante de Deus. As obras são evidências de nossa justificação, não a causa. O único termo gravado sobre a bandeja dourada de Cristo, nosso sumo sacerdote, deve ser: O SENHOR É NOSSA JUSTIÇA.
Thomas Watson / Josemar Bessa / Blog do Lucas
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