ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Michel Temer, vice de Dilma e acusado de ser satanista e maçom, vai a TV evangélica defender candidata


O candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), integrou-se mais efetivamente à campanha presidencial no segundo turno por meio de um assunto no qual a petista, sua companheira de chapa, Dilma Rousseff vem patinando: o aborto. Na gravação para um programa da TV Gênesis, da igreja evangélica Sara Nossa Terra, Temer declarou ser contrário ao aborto e ressaltou que Dilma será presidente de todos os brasileiros e dos setores sociais, e não de segmentos religiosos como católicos, evangélicos ou espíritas.


A igreja Sara Nossa Terra e a TV Gênesis estão sob o comando do deputado bispo Robson Rodovalho (PP-DF). A gravação foi acertada com a cúpula do PMDB dentro da estratégia de tentar acabar com a disseminação entre os evangélicos de que Dilma seria a favor do aborto, o que teria lhe custado votos no primeiro turno eleitoral.

Na terça-feira, a gravação do programa foi discutida entre o bispo e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também evangélico, e, ontem, com o próprio Temer.

A presença do vice da chapa de Dilma na TV evangélica busca também combater as versões que circulam por e-mail na internet de que o candidato a vice tem ligações com o satanismo.
O programa será um perfil de Temer. “Eu registrei minha posição contrária ao aborto, mas acrescentei que é grave e inadequado misturar fé, religião, com o Estado. A Constituição diz que o Estado brasileiro é laico”, afirmou. “Dilma já declarou que é contra o aborto”, enfatizou Temer.

Senador reeleito Marcelo Crivella realiza reunião com Dilma Rousseff sobre a PL 122


O senador reeleito do Rio de Janeiro e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Marcelo Crivella (PRB), confirmou hoje que conversou com a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e seu comando de campanha, sobre o Projeto de Lei 122/2006 que propõe a criminalização da homofobia.


Segundo o parlamentar, a questão era um problema do Congresso e não da Presidência da República. Crivella afirmou que ele e os religiosos reunidos com Dilma e seus aliados expuseram que o texto da proposição “criminaliza a Bíblia”.

O PL 122 tem um artigo que criminaliza a Bíblia. A Bíblia diz que homossexualismo é pecado. Eu também acho. Isso, de acordo com a lei, passa a ser incitação ao ódio. Eu acho que não é. Acho que é um conselho que um pai tem direito a dar a um filho, que um pastor tem direito a dar a um membro de sua Igreja e um padre a um membro de sua paróquia”, argumentou o senador, ressaltando ser contrário a qualquer ato de violência ou preconceito contra homossexuais. “A ministra (Dilma) respondeu que este é um problema do Congresso, não do Executivo”.

Sem citar o nome do candidato à vice na chapa do presidenciável José Serra (PSDB), deputado federal Indio da Costa, que se manifestou contrário à aprovação de leis que garantam direitos civis a homossexuais, Crivella criticou o que chamou de uso do medo para incitação do eleitorado evangélico. No fim do primeiro turno a candidata do PT sofreu ataques por conta de sua posição em relação ao aborto e teria perdido apoio de parte considerável do eleitorado evangélico, o que na avaliação de especialistas foi determinante para a realização do segundo turno

Kaká pode deixar a igreja Renascer


O motivo do descontentamento seria o desabamento do teto da sede da igreja, na Mooca, na Zona Leste de São Paulo, há dois meses. Depois de consultar um perito, o jogador soube que houve negligência por parte da administração.

Segundo a Renascer, o local apenas passava por uma reforma e não houve desabamento.

No mês de julho do ano passado, Kaká assumiu a posição de presbítero na igreja. Sua esposa, Caroline Celico, é pastora.

Teto da Renascer caiu, confirma vizinho

Moradores vizinhos ao templo da Igreja Renascer em Cristo na Mooca (zona leste) confirmaram ontem à reportagem que, em agosto deste ano, um novo desabamento atingiu a unidade da igreja.

Um funcionário dos Correios, que trabalha em frente ao templo da zona leste, disse ter ouvido um barulho na tarde do último dia 23 de agosto. "Quando olhei para frente, só vi a poeira subindo. Depois, fiquei sabendo que uma parte do teto tinha desabado", conta o homem, que não quis ter seu nome divulgado.

Governo brasileiro ameaça Igreja Católica por causa de oposição à candidata presidencial pró-aborto


(Por Matthew Cullinan Hoffman) — O secretário pessoal do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, avisou na última quinta a liderança da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que se os ataques contra a candidata presidencial Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores continuarem, o acordo da Igreja Católica com o governo poderá ser revisto, de acordo com uma reportagem originária do jornal Valor Econômico, e foi repetida pela agência noticiosa italiana ANSA.

O acordo, conhecido como “concordata”, é um tipo de tratado assinado pelo governo da Cidade do Vaticano e vários governos mundiais. A concordata brasileira inclui apoio do governo às escolas católicas e outros benefícios, que foram concedidos à Igreja Católica no Brasil em 2009.

A candidatura de Rousseff tem recebido oposição de muitos bispos e padres católicos por causa da clara posição dela a favor da eliminação de penalidades criminais para o aborto propositado, o qual é condenado pelo ensino católico como “crime inexprimível”.

Hoje, depois da reportagem sobre a ameaça, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma declaração distanciando-se de críticas a Rousseff e ao Partido dos Trabalhadores, e ao mesmo tempo continuou a exortar os eleitores a fazer suas decisões à luz dos valores da vida humana e da família.

A liderança da CNBB escreve que “lamentamos profundamente que o nome da CNBB — e da própria Igreja Católica — tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação”.

A CNBB prossegue acrescentando que “reafirmamos… que a CNBB não indica nenhum candidato, e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão. Diante de tão grande responsabilidade, exortamos os fiéis católicos a terem presentes critérios éticos, entre os quais se incluem especialmente o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana”.

A declaração da CNBB também afirma que “certamente, é direito — e, mesmo, dever — de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã”, num reconhecimento evidente de declarações feitas por proeminentes líderes católicos do Brasil, inclusive o presidente da primeira divisão sudeste da CNBB, o qual denunciou a candidatura de Rousseff em vídeos postados no YouTube no final de setembro no nome de todos os bispos membros da divisão.

Um padre católico muito conhecido que fez um programa na rede de televisão Canção Nova também deu uma recente homília em que ele denunciou o Partido dos Trabalhadores, que está no governo, como pró-aborto, pró-homossexualidade e marxista, e disse que ele jamais votaria neles ou realizaria um “casamento” homossexual. O Partido dos Trabalhadores está agora exigindo tempo igual no canal católico para a campanha de Rousseff responder às acusações feitas contra ela.

Embora Rousseff afirme ser pessoalmente “contra o aborto”, ela continua a chamá-lo de “questão de saúde pública”, e não se retratou de sua posição declarada anteriormente em favor da eliminação das penalidades criminais para o assassinato de bebês em gestação.

Dilma e PT Querem calar Católicos


Coligação pediu retratação de padre que pregou contra aborto


A coligação da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, entrou nesta sexta-feira com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo direito de resposta de 15 minutos na TV Canção Nova, ligada à Igreja Católica. Na última terça-feira, em uma homilia transmitida ao vivo, um padre pediu aos fiéis que não votassem em Dilma no segundo turno, entre outros motivos porque o PT seria a favor do aborto. Segundo a representação, o padre também acusou Dilma e o partido de pretenderem aprovar leis contra a liberdade religiosa e de expressão, além de serem capazes de pôr em risco a vida do religioso. A relatora do processo é a ministra Nancy Andrighi.


A polêmica em torno da defesa do aborto foi apontada como a possível responsável pela perda de votos da candidata petista na reta final do primeiro turno. Após a definição de que haveria segundo turno, Dilma tem tratado do assunto várias vezes, sempre destacando ser contra o aborto. É uma posição diferente da que já tomou no passado, quando defendeu tratar a questão como um caso de saúde pública.