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Quando Palavras são Vento


Quando estão em tristeza, dor e desespero, as pessoas dizem coisas que não diriam em outras circunstâncias. Elas pintam a realidade com tons mais escuros do que a pintarão amanhã, quando o sol despontar. Tais pessoas cantam em notas menores e falam como se aquela fosse a única melodia. Elas vêem apenas nuvens e falam como se não houvesse céu.

Tais pessoas dizem: “Onde está Deus?” Ou: “Não há proveito em continuar vivendo”. Ou: “Nada faz sentido”. Ou: “Não há esperança para mim”. Ou: “Se Deus fosse bom, isto não teria acontecido”.

O que faremos com estas palavras?

Jó disse que não precisamos reprovar tais palavras. Elas são vento ou, literalmente, para o vento. Tais palavras desaparecerão rapidamente. Haverá uma mudança nas circunstâncias, e a pessoa desesperada acordará das trevas noturnas e se arrependerá das palavras precipitadas.

Portanto, não desperdicemos nosso tempo e energia reprovando tais palavras. Elas desaparecerão por si mesmas, ao vento. Uma pessoa não precisa podar folhas no outono; é um esforço inútil. Elas logo se espalharão aos quatros ventos.

Quão rapidamente nos dispomos a defender a Deus — ou, às vezes, a verdade — contra palavras que são ditas apenas ao vento. Existem muitas palavras, premeditadas e ponderadas, que precisam de nossa reprovação, mas nem toda heresia desesperadora, dita irrefletidamente em horas de agonia, precisa ser respondida. Se tivéssemos discernimento, poderíamos ver a diferença entre palavras profundas e palavras ditas ao vento.

John Piper.
Existem palavras que têm raízes em erros e males profundos. Mas nem todas as palavras cinzentas obtêm sua cor de corações pretos. Algumas são coloridas principalmente pela dor, pelo desespero. O que você ouve não são as coisas mais profundas do coração. Existe algo real em nosso íntimo, de onde procedem as palavras, mas é temporário — como uma infecção passageira — real, doloroso; mas não é a verdadeira pessoa.

Aprendamos a discernir se as palavras faladas contra nós, contra Deus e contra a verdade são apenas ditas ao vento — proferidas não da alma, mas do sofrimento. Se são palavras ditas ao vento, esperemos em silêncio e não reprovemos. Restaurar a alma, e não reprovar o sofrimento, é o alvo de nosso amor.


Perdão

“Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros.” (Col 3.13b) A gente perdoa porque foi perdoado, não porque o outro possa explicar o que fez, ou mereça perdão. O perdão é dado justamente porque o outro errou vergonhosamente e não há como explicar o que ele fez: a não ser pela maldade que há no coração humano. A questão é que todos os seres humanos são assim. Por isso Deus, para nos perdoar, sem incorrer em injustiça, sacrificou-se por nós em Cristo Jesus. E como fomos perdoados temos de perdoar. Essa é a lógica da fé cristã. É perdão e não desculpa. Desculpa-se alguém quando a pessoa que errou tem razões para ter feito o que fez, ainda que o feito tenha atingido, de alguma forma, alguém. O perdão, por outro lado, é dado para alguém que não tem outro motivo para fazer o que fez, a não ser por ter se inclinado, em algum momento e de alguma forma, para o mal. O perdão é sempre sacrificial! Como o perdão de Deus que custou o sacrifício de Cristo. Quem perdoa arca com o custo do perdão. Seja o custo econômico: quem perdoa fica com o prejuízo. Seja o custo emocional: quem perdoa engole a mágoa ou qualquer forma de ressentimento. Seja o custo moral: quem perdoa assume conviver com a vergonha. A justiça condena o pecador à morte. O perdão condena o ofendido – aquele contra quem o pecado foi cometido – ao sacrifício. O perdão é a maior expressão do amor de Deus. Todo aquele que é nascido de Deus pratica o perdão. “Porque o amor vem de Deus. Quem ama é filho de Deus e conhece a Deus.” (1Jo 4.7). O amor de Deus é principalmente perdoador. “O amor é isto: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e mandou o seu Filho para que, por meio dele, os nossos pecados fossem perdoados.” (1Jo 4.10) Muita gente pergunta como alguém pode ter certeza de sua salvação. O apóstolo João disse: Deus é amor. Aquele que vive no amor vive unido com Deus, e Deus vive unido com ele. Assim o amor em nós é totalmente verdadeiro para que tenhamos coragem no dia do juízo, porque a nossa vida neste mundo é como a vida de Cristo. (1Jo 4.16b,17). Jesus Cristo viveu perdoando e para perdoar, quem está unido com Cristo vive assim também, perdoando os que pecaram contra si. Quem vive assim não precisa ter medo do dia do juízo, porque sua vida demonstrou a sua salvação. Jesus viveu e morreu para perdoar, e espera que os seus seguidores vivam perdoando e perdoem para viver. Só se vive realmente bem com os demais seres humanos quando, no coração a gente só dá lugar ao perdão. “Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros.” (Col 3.13b)

Jovens cristãos debatem sobre a paz em conferência das Igrejas de toda África


A Conferencia das Igrejas de Toda África (CITA), através do seu Secretariado Executivo da Juventude, organiza, na terça e na quarta-feira, em Nairobi, um colóquio sobre a paz e as metas de desenvolvimento do milénio no continente.
O reverendo Adriano Kilende, secretário executivo da Juventude da CITA, disse, ao Jornal de Angola, que o objectivo principal da conferência é reunir jovens, que, frisou, “são as maiores vítimas dos conflitos em África” e vêem, cada vez mais, adiado o futuro.
“Queremos levar os jovens africanos a reflectir sobre a questão da paz no continente e fazer ouvir a sua voz através de uma mensagem que vai ser enviada à União Africana, aos Governos e Parlamentos dos nossos países”, disse.
O papel da Juventude Africana na resolução dos conflitos em África, a situação crítica que se vive no Continente, designadamente na Somália e no Norte do Uganda e do Congo Democrático e as metas de desenvolvimento do milénio são alguns dos temas a serem debatidos.
A queniana Wangari Maathai, Prémio Nobel da Paz, em 2004, e um representante da União Africana são dois dos oradores. Também participam no encontro vários líderes religiosos e organizações africanas que lutam pela paz e pela concretização dos objectivos do milénio no continente africano.
Foto Ilustrativa.
Adriano Kilende revelou que vão ser mobilizados 20 mil jovens para manifestações pacíficas em Nairobi, Kampala e Kigali, que vão decorrer sob o lema “Levanta-te, toma uma atitude, faz barulho pelas metas do desenvolvimento do Milénio”.
A Conferência das Igrejas de Toda África (CITA), o maior órgão ecuménico de África, reúne 250 milhões de fiéis.
Em Angola são membros da CITA, o Conselho de Igrejas Cristãs de Angola, a Igreja Evangélica Congregacional de

Angola, a Igreja Evangélica de Angola e a Igreja Evangélica Reformada de Angola.
O reverendo Adriano Kilende é, desde Janeiro, por um período de cinco anos, o representante de Angola na CITA, desempenhando as funções de secretário executivo para a Juventude.