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Se quisermos sobreviver, temos que deixar a Terra em 100 anos.

De acordo com a opinião do físico Stephen Hawking, só haveria uma maneira de evitarmos a extinção da humanidade: abandonar a Terra nos próximos 100 anos. "Eu vejo grandes perigos para a raça humana." A solução, segundo ele, é abandonar o planeta e se espalhar pelo espaço. Em entrevista ao site "Big Think", Hawking, que ocupa a cátedra antes ocupada por Einstein, disse que existem muitas ameaças atualmente: guerras, a exploração excessiva dos recursos naturais e a quantidade exagerada de gente vivendo no planeta. Além disso, ele aponta outro risco:"Se alienígenas nos visitassem agora, o resultado seria muito parecido com o que aconteceu quando Colombo chegou à América: não foi nada bom para os povos nativos". "Esses alienígenas avançados talvez sejam nômades, procurando conquistar e colonizar quaisquer planetas que eles consigam alcançar." Apesar destes prognósticos aterrorizantes, ele se diz otimista: "Fizemos muito progresso nos últimos cem anos. Se quisermos ir além dos próximos cem, o futuro é o espaço." O problema são as distâncias: a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, está a mais de quatro anos-luz (espaçonaves atuais levariam 50 mil anos para chegar lá). Hawking é preciso no diagnóstico, mas não o é no prognóstico. Como cristãos, cremos na providência divina, e na responsabilidade da igreja em conscientizar a humanidade quanto aos cuidados devidos à criação. É possível reverter o quadro caótico em que nosso planeta se encontra. Alguns cristãos poderão simplesmente dizer: Não temos com que nos preocupar. Afinal, este planeta está destinado a acabar mesmo. Nosso destino são as moradas celestiais. Apesar de respeitar tal posicionamento, confesso que ele me causa certo incômodo, que beira à indignação. Basta um exame mais acurado das Escrituras para concluir que esta postura não recebe seu endosso. Veja, por exemplo, o que diz o salmista: "Os céus são os céus do Senhor; mas a terra a deu aos filhos dos homens" (Sl.115:16). Este pequeno planeta do sistema solar foi confiado à raça humana e tem sido compartilhado com milhares de espécies animais e vegetais. Deus não o fez para a destruição. E por isso, vai requerer de nós os devidos cuidados para com ele e sua biodiversidade. Engana-se quem pensa que Deus planeja riscá-lo do mapa cósmico. Em vez disso, a ira de Deus é destinada àqueles que "destroem a terra" (Faço questão que você verifique o texto: Ap.11:18). Em vez de cuidar, conservar e desenvolver com responsabilidade os recursos naturais, em nossa ânsia consumista, estamos destruindo a Terra. Consumimos mais recursos naturais do que a natureza é capaz de repôr. Posso garantir, fiado na providência, que esta terra sobreviverá a todos os cataclismos que porventura a atingirem. O sábio Salomão é quem declara: "Uma geração vai, e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre" (Ec.1:4). Não é a terra que corre riscos de ser extinta, e sim a humanidade. Tornamo-nos numa espécie de praga apocalíptica. De nada adiantará mudarmos de planeta, se não mudarmos de atitude. Qualquer planeta que colonizarmos será igualmente depredado por nossa ganância. Por isso, concluo que não há porque temer uma invasão alienígena. Dificilmente uma civilização extraterrestre nos superaria neste quesito. Os cataclismos nada mais são do que a reação enfurecida da natureza à gestão humana. No dizer de Paulo, são gemidos da criação submetida à nossa vaidade (Rm.8:20-22). Deus que livre o Universo de ser colonizado pelo homem. Já não é suficiente o que estamos fazendo ao nosso próprio lar? Só há uma maneira de se evitar o pior. O homem precisa converter-se ao Criador, e assim, amar e cuidar da criação. Somente a fé em um Deus Criador é capaz de resgatar a sacralidade de Sua obra. Quem ama o Criador, cuida da criação.