A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, participou neste domingo de um culto da Assembleia de Deus, em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo. Apesar de os discursos que a antecederam terem tido clara conotação eleitoral, ela disse que não vai usar a igreja para fazer campanha.
- Eu tenho dito que não vou fazer do púlpito palanque. Por isso, fiz questão de falar aqui com a palavra de Deus – disse Marina, que é evangélica.
O pastor Dilmo dos Santos, candidato a deputado estadual, praticamente “elegeu” Marina em sua fala.
- A senhora não será a futura, mas a próxima presidente do Brasil – afirmou.
Em quase 40 minutos de pronunciamento, Marina se limitou a falar de sua trajetória de vida, sempre pontuada por trechos da Bíblia. Somente no final, ela fez referência às eleições.
Depois de assumir o compromisso de não misturar religião e política, a pré-candidata pediu aos presentes que não “satanizassem” José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), seu adversários na corrida ao Palácio do Planalto.
Eu não quero que façamos qualquer tipo de satanização com aqueles que não partilham da mesma fé em Deus. O mesmo Deus que me ama é o Deus que ama a Dilma, ama o Serra e ama todas as pessoas – pediu.
Em entrevista, Marina afirmou não ter medo de ser acusada de usar a sua condição de evangélica para levar vantagem nas urnas.
- Eu não temo. É por princípio. Isso não é de agora. Isso foi sempre desde que me converti – declarou.
A presidenciável evitou criticar Serra e Dilma por participarem de eventos evangélicos.
- Essas pessoas são convidadas, se são convidadas, cada um faz o desempenho que lhe aprouve – disse.
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