Escrito por
Blog do Lucas!
21:58
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Comentários
Em primeiro lugar, a criação por Deus pode ser diferenciada da criação por deuses. No universo há ordem em larga escala apesar de eventuais catástrofes. Em um universo constituído por vários deuses um cenário plausível seria só o caos resultante do conflito entre eles. Um outro cenário plausível é a existência de domínios específicos com diferentes funções, mas há evidência de somente um universo unificado que tem função universal em larga escala.
Em segundo lugar, a criação por Deus pode ser diferenciada da criação por um deus panteísta pois o universo panteísta é uma emanação da realidade única que existiu desde sempre, desde a eternidade. O universo panteísta não começou a partir do nada mas apenas se transforma em outras configurações, desde que o universo panteísta é a simples emanação da realidade incriada.
Em terceiro lugar, a criação do universo por Deus pode ser diferenciada da criação por um deus finito pois ele está sujeito às limitações do espaço-tempo e por isso jamais poderia produzí-lo. O deus finito estaria inerentemente inserido no nosso universo de espaço-tempo e por isso teria tido princípio juntamente com ele. Em resumo, o deus finito transforma o universo mas não o cria a partir do nada.
Em quarto lugar, a criação do universo por Deus pode ser diferenciada da criação pelo Deus do deísmo porque o cosmo é formado por seres que são continuamente causados por outros seres em uma série que vai em direção à Causa Primeira, a qual sustenta a existência de todos. Isso demonstra que o Criador é Sustentador. Por outro lado, o Deus deísta criaria o universo a partir do nada mas não o sustentaria.
Conclui-se que a tese ateísta é falha.
FILOSOFIA E APOLOGÉTICA
Lucas, não sei se entendi bem seu pensamento, mas noto algumas falhas.
ResponderExcluirA tese defendida por Dawkins é de que a criação do universo por um deus seria substancialmente DIFERENCIÁVEL de um universo surgido de leis naturais, e essa parece ser a tônica dos discursos ateístas. A tese que você ataca parece estar mais ligada ao pragmatismo, não?
Quanto ao primeiro ponto, discordo que haja "ordem em larga escala". Primeiro porque a própria noção de ordem é apenas o resultado da nossa adaptação ao meio em que vivemos (argumento antrópico), e depois porque não conhecemos outro lugar fora do nosso planetinha que possua as características necessárias à nossa sobrevivência, de maneira que o universo é essencialmente "imperfeito".
Quanto ao segundo ponto, as evidências cosmológicas até agora levam a crer que o universo tal como o conhecemos teve um princípio e terá um fim (expansão eterna), mas isso não é o bastante para decidir entre uma "criação" ex nihilo e um fenômeno pontual que fosse a "emanação de uma realidade única que existiu desde sempre".
Quanto ao terceiro ponto, não há qualquer razão aparente para que um deus finito não pudesse criar o universo (aliás, os gnósticos afirmam que ele foi criado pelo diabo...). Ocorre que nenhum deus pode criar a EXISTÊNCIA, já que para criar algo seria preciso que ele existisse previamente; se se afirma que ele criou a existência, então ele não existia antes disso. E esse raciocínio é igualmente válido para um deus finito quanto para um infinito.
Com relação ao quarto ponto, finalmente, o deus deísta não é incompatível com a ideia da causa primeira, muito pelo contrário, concorda inteiramente com ela, já que ele põe tudo em movimento, mas não volta a atuar mais a partir de então.
VERDADE da RAZÃOxVERDADE da FÉ: PARA quem Ñ crer em D'US nenhuma EXPLICAÇÃO e possível e PARA quem CRER NENHUMA explicação e NECESSÁRIA.
ResponderExcluirCorreto, mas não exigir nenhuma explicação para uma afirmação não a torna verdadeira, ao passo que demonstrar que ela não é logicamente possível equivale a refutá-la...
ResponderExcluir"A fé não dá respostas, só impede as perguntas"!